segunda-feira, 4 de abril de 2011

04 de Abril de 2011 (Segunda-Feira) II

Esse final de semana, pude sentar com o meu passado.
Eu olhei nos olhos da Malu e da Gigih.. E pude ver duas fases legais da minha vida.
Primeiro, a Malu ou a infância.. como queiram! Lembrei de tantas coisas, inclusive do que não lembro, mas sei pela boca da família.
Lembrei de que meus pais se conheceram, minha mãe engravidou, eles se casaram e eu nasci. E que, segundo minha vó, minha mãe gastava horas lavando todas as minhas roupinhas com medo que eu pegasse qualquer tipo de doença e que meu pai ficava com a cara vidrada no berçário para não me trocarem. Depois eu lembro que queria uma irmã, então veio um irmão e que eu adorava jogar ele da rede por ciúmes. E também do meu primeiro desfile na escolinha do Snoopy, que eu não ganhei, mas chorei tanto que arranjaram um prêmio pra mim. Também tem a lembrança da minha mãe que sempre me conta que eu chorava com a mamadeira na boca, no portãozinho de casa quando o papai ia trabalhar.. E também na época do Sérgio Malandro que eu queria insistentemente usar meias de duas cores. Lembro de quando a gente tinha que decorar todos os hinos, inclusive que "cândido de vilhena é a escola onde há educação..". Lembro que por traz desse cenário eu tinha meus tios sempre reunidos na casa da vovó, quando ela fazia aquela sopa.. e sempreeee reclamava da gente, e também do Tio Jean chegando ao final da reunião com aquela velha frase: "Nem deixaram pra mim?". Lembro que todas férias o Heber e o Diogo vinham de Macapá e que em uma dessas férias eu ganhei da mamãe uma máquina de fazer sorvete, e usamos ela por toda as férias até que quebrasse..

Parei aí, olhei pra Giovanna, e lembrei do dia em que nos mudamos pro Jaçanã, que o papai ainda morava com a gente, lembro que todas férias a mamãe fazia questão de levar a gente pra algum lugar, lembro de como era engraçado a doida da Joana me lambuzar de areia em Salvaterra e de como eu ria quando a mamãe bebia e chorava pra gente.
Lembrei também de como a mamãe tentou fazer a gente feliz.. E que a partir de um momento dessa época de adolescente eu deixei que isso se perdesse.
Esses dias eu pude perceber que a partir dos 15 ou 16 anos a minha visão de família mudou, e que as lembranças que eu gravei na minha memória foram as ruins, os defeitos.. E que eu contribui muito para que hoje, na idade adulta, a minha mente apenas detecte coisas ruins, pois fui eu quem fui capaz de armazená-las.

Lição de Terapia: Perdoar e livrar os registros ruins. Me dedicar a lembrar dos bons momentos, registrá-los na memória e a partir de agora guardar apenas os bons registros, aqueles dignos de me fazer sorrir ao pensar, assim como eu sorrio quando penso na minha vida de 15 anos para traz!


Boa noite!

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